Ele, completude. Realizar, finalizar - palavras de ordem. O rapaz sempre se perguntou: onde você está quando você está? Mal-estar existencial, sentimento de deslocamento. Monólogo constante que traz dentro de si. Evolui, entende, esclarece, encanta, aprofunda, cresce, desenvolve, transforma. Todavia, falta uma peça. Falta a peça. O corpo dói, a alma grita, o tempo passa. As coisas incompletas perduram, esperam. Adia, é um buscador fascinado pelo buscar. Nada termina e ele vai fazendo novos começos. Se atulha de obras inacabadas, cicla filosofando sobre questões existenciais. Afoga-se em pensamentos. Carrega um fardo constante, progressivo: repertório sem fim para o seu monólogo. Contorna, galga, declara seu amor á angústia. O tudo é vazio. O vazio é tudo. Sensação de que o mundo está em desconcerto. Sabe que o correr da vida embrulha tudo, que ela é cheia de altos e baixos. Como Rosa, sabe também que o que ela quer da gente é justamente o que lhe falta. Precisa aprender que se tiver uma experiência que é completa, a mente nunca voltará a ela. Assim, o monólogo vai ceder, vai quebrar. Haverá um intervalo, uma lacuna. Em quantas línguas ele se cala? Silêncio. O quebra-cabeça se completa. Epifania!